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Projeção do ONS indica 5ª pior afluência ao final do ano

As projeções do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) de afluência no período de julho a dezembro estão abaixo da Média de Longo Termo (MLT). No cenário inferior, os dados indicam 73% da MLT ao final do ano, o que configuraria o quinto pior indicador em 95 anos. Já a energia armazenada nos submercado aparece em 44,1%, com o Sudeste/Centro-Oeste perfazendo 37,1% ao final do período.

Por sua vez, a perspectiva mais otimista aponta 98% da MLT e 56,2% de volume útil dos reservatórios do SIN no término de dezembro. Segundo o Operador, o cenário geral se mantém como pleno atendimento, no entanto, requerendo constante monitoramento para a preocupante travessia do período seco. Ainda mais com o adiamento do leilão de reserva de capacidade, que deve acontecer em 2026. O quadro a seguir detalha os resultados dos estudos prospectivos:

Caso o cenário inferior se confirme, os níveis no Sudeste/Centro-Oeste ao final de dezembro seriam de 13,9 pontos percentuais (p.p.) abaixo do valor verificado em dezembro de 2024. Por sua vez, a confirmação da estimativa mais positiva, por outro lado, representaria um valor de 0,8 p.p. superior na comparação anual. As mesmas projeções para o SIN indicam, para o final do ano, 8,8 p.p. abaixo do mesmo período de 2024, e na condição mais otimista 3,3 p.p acima daquela verificada no mesmo mês em 2024.

Segundo boletim apresentado na reunião do CMSE da última quarta-feira (16), os dados mais recentes demonstram que houve melhora nos indicadores hidroenergéticos na região Sul, com expectativa positiva nos armazenamentos ao longo do período seco.

Geração térmica adicional

A partir dessa condição e também do Baixo Paraná com a disponibilização de recurso termelétrico, a prospecção do atendimento de potência mostrou-se mais propícia. Porém, ainda permanecendo a indicação de geração térmica adicional em todo horizonte do estudo e de esgotamento deste recurso nos meses de novembro e dezembro.

Durante a reunião, deliberou-se ainda que a Aneel deveria tomar as medidas necessárias para viabilizar o uso das térmicas Luiz Oscar Rodrigues de Melo e Porto do Sergipe I, com flexibilidade operativa para atendimento aos horários de ponta de carga do sistema, durante o período seco. Somado a isso, outra estratégia já aprovada pelo CMSE anteriormente é a disponibilização das térmicas vencedoras do leilão de reserva de capacidade de 2021. As quais estarão aptas a gerar já no próximo mês.

Na oportunidade, o ONS também recomendou monitorar o abastecimento de gás. e antecipar a entrada da Linha de Transmissão de 500 kV Terminal Rio-Lagos, prevista para outubro de 2025. Além de considerar o despacho térmico de usinas GNL sem necessidade de antecedência de 60 dias.

Outro ponto destacado é de que as defluências nas hidrelétricas de Jupiá e Porto Primavera deverão permanecer em torno de seus valores mínimos. Isso até que haja necessidade de elevação da geração nestas usinas hidrelétricas para suprir a necessidade de potência nesta época do ano.

Fonte: Canal Energia