Bandeira vermelha patamar 1 é mantida nas contas de luz em novembro
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a bandeira vermelha patamar 1 para o mês de novembro, o que significa que os consumidores terão uma cobrança adicional de R$ 44,60 para cada megawatt-hora (MWh) consumido.
A situação, ainda que represente um aumento do preço da energia, mantém as condições em relação ao mês anterior, e mostra melhora em relação ao mês de setembro, quando a bandeira foi vermelha patamar 2.
Segundo a Aneel, o cenário segue desfavorável para a geração hidrelétrica, devido ao volume de chuvas abaixo da média e à redução nos níveis dos reservatórios.
“Dessa forma, para garantir o fornecimento de energia é necessário acionar usinas termelétricas, que têm custo mais elevado, justificando a manutenção da bandeira vermelha patamar 1”, explica a agência.
A Aneel ainda destacou que a fonte solar da geração é intermitente e não injeta energia para o sistema o dia inteiro. Por essa razão, é necessário o acionamento das termelétricas para garantir a geração de energia quando não há iluminação solar, inclusive no horário de ponta.
Como funcionam as bandeiras tarifárias
O sistema de bandeiras tarifárias está vigente desde 2015, com a função de sinalizar aos consumidores regulados os custos de energia no país. A bandeira reflete análises que consideram a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis e o acionamento de fontes de geração mais caras como as termelétricas.
A ideia é que o consumidor adapte o consumo para ajudar a reduzir o valor da conta em períodos em que a energia elétrica está mais escassa.
Antes das bandeiras, o custo de acionamento das termelétricas era cobrado dos consumidores apenas via reajustes anuais das distribuidoras. Com as bandeiras, o consumidor tem a sinalização de preço, e ainda economiza, já que as distribuidoras de certa forma financiavam o consumidor ao longo do ano, o que envolvia o pagamento de juros.
Em 2022, a Aneel estimava que as bandeiras tinham proporcionado, desde 2015, uma economia de R$ 4 bilhões pela não incidência de Selic sobre o custo da energia nos processos tarifários de reajuste e revisão tarifária.
Fonte: Megawhat
