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La Niña promete verão menos intenso que 2024

O meteorologista Pedro Regoto, da Climatempo, apresentou, durante o lançamento do plano verão 25/26 da EDP, uma previsão climática que indica um cenário mais favorável para o período chuvoso 2025/2026 em comparação ao ano anterior. A análise abrange o período de outubro de 2025 a março de 2026, destacando mudanças significativas no padrão de precipitações na área de concessão da distribuidora.

Segundo Regoto, praticamente toda a área de concessão da EDP deve registrar chuvas acima da média nos próximos meses. Em outubro, as precipitações retornarão com maior regularidade a partir da segunda quinzena, após o evento de frente fria da semana passada, que causou contingências para várias distribuidoras.

“A partir da segunda quinzena de outubro, essas chuvas já voltam a acontecer com maior intensidade e frequência”, explicou o meteorologista. Novembro, tradicionalmente um mês mais chuvoso na região, deve manter o padrão de precipitações acima da média, exigindo maior atenção das equipes operacionais.

Fenômeno La Niña muda características das chuvas

A principal diferença em relação ao verão passado está na influência do fenômeno La Niña, que substitui o El Niño registrado em 2024. Enquanto o El Niño trouxe recordes históricos de temperatura e pancadas muito intensas e frequentes, o La Niña promete um verão mais ameno, com formação de corredores de umidade.

“A La Niña traz a característica de dias consecutivos chuvosos, mas não é aquela pancada tão intensa”, detalhou Regoto. Essa mudança no regime de chuvas representa um cenário mais favorável para a manutenção da rede elétrica, com menor probabilidade de eventos extremos pontuais.

Dezembro e Fevereiro: meses de maior atenção

Contudo, o meteorologista identificou dezembro e fevereiro como os períodos mais críticos do verão, quando as chuvas devem atingir maior intensidade. Janeiro, tradicionalmente um mês desafiador, deve apresentar uma quebra nas precipitações, oferecendo uma janela de alívio operacional.

“Janeiro deve ter uma quebra dessa chuva que tipicamente acontece com alta força; porém, esse janeiro não deve acontecer com tanta força”, afirmou Regoto. Março, por sua vez, deve registrar chuvas de baixa intensidade, encerrando o período crítico de forma mais tranquila.

As temperaturas também devem ser mais amenas que no verão anterior, embora ainda permaneçam elevadas até dezembro. O especialista destacou que, apesar das chuvas volumosas previstas para os meses típicos de verão, elas serão mais brandas em comparação ao período 2024/2025, quando foram registrados picos históricos de carga no sistema elétrico.

Fonte: CanalEnergia