Mercado livre soma 18,3 mil novos consumidores em 2025
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) concluiu a migração de mais de 18,3 mil unidades consumidoras para o mercado livre de energia entre janeiro e setembro de 2025. O número é praticamente estável em relação ao mesmo período do ano passado, quando o setor registrou o maior crescimento da sua história.
Somente em setembro, 1.429 novos consumidores ingressaram no ambiente de contratação livre — o segundo melhor resultado já registrado para o mês, atrás apenas do recorde de 2024.
Ao todo, o mercado livre reúne mais de 80 mil casas e empresas em todo o país, consolidando-se como uma alternativa mais flexível, competitiva e personalizada de fornecimento de energia.
Segundo a CCEE, o resultado indica maturidade do modelo após o forte ciclo de expansão de 2024, quando o acesso foi aberto a todos os consumidores de alta tensão. O crescimento acelerado naquele período elevou a base de comparação e explica a estabilização observada em 2025.
Serviços e telecomunicações lideram novas adesões
O setor de serviços puxou o avanço no período, com 6 mil novas unidades migradas, alta de 25,6% em relação ao ano anterior.
As áreas de telecomunicações (+19,6%) e transportes (+15,7%) também tiveram desempenho expressivo, impulsionadas pela busca por previsibilidade de custos e eficiência na gestão energética.
Na indústria, os segmentos de madeira, papel e celulose (+13,8%) e químicos (+1,9%) avançaram, enquanto têxteis (-40,3%), veículos (-32,1%) e comércio (-17,7%) recuaram após o pico de migrações observado no ciclo anterior.
Expansão ganha força no Centro-Oeste e no Norte
O movimento de interiorização do mercado livre segue em ritmo acelerado.
Estados como Rondônia (+107%), Mato Grosso (+86%), Tocantins (+82%), Distrito Federal (+56%), Ceará (+56%), Piauí (+51%) e Pará (+49%) registraram os maiores crescimentos percentuais no acumulado do ano.
Apesar do avanço regional, o Sudeste e o Sul ainda concentram a maior base de consumidores.
São Paulo (5.264), Paraná (1.904), Minas Gerais (1.488) e Rio Grande do Sul (1.340) respondem por mais da metade das novas adesões no país.